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Arquitetos: Matías Silva Aldunate Arquitecto
- Ano: 2011
Descrição enviada pela equipe de projeto. Foi pedido que se desenvolvesse um Estúdio-Oficina que albergasse as artes e o lazer de um filantropo grego. É um projeto diferente que estimula o desenvolvimento dos sentidos e se converte numa pousada da cidade que permite abstrair-nos e isolar-nos do ambiente urbano. O terreno está localizado num grande monte com grandes árvores e uma abundante vegetação com uma vista espetacular sobre a cidade. Para manter a sua condição de Parque, o programa é concentrado em poucos espaços e o exterior foi trabalhado com um paisagismo que extende os limites reais do terreno, apropriando-se da vegetação dos vizinhos, uma vez que não existem muros divisórios.
Foi decidido incorporar o programa em dois volumes distintos, implantados em cada extremidade do terreno, relancionando-se através de diferentes percursos internos que foram cuidadosamente desenhados.
Volume 1: Oficina - Sala de Estar, Cozinha -Sala de Jantar, Escritório - Dormitório e Banheiro - Sauna. A organização interna tem por base uma planta de concreto de 10x10m, com a mesma altura, criando um grande espaço cúbico que de acordo com a pendente interage mediante os programas integrados. Desde o seu interior, é produzido um domínio da cidade enquadrada por um pórtico vegetal exterior com pé direito duplo.
Volume 2: Churrasco - Bar, Zona de Estar - Piscina e Banheiro - Arrumos. Este volume de linhas simples gera um corte transversal no terreno natural, contrapondo-se ao cubo e abrigando os diferentes programas linearmente, formando um forte eixo transversal que para se desenvolver tira proveito da largura e é pouco fundo.
Ambos os volumes se relacionam através de vários percursos, criando lugares de descanso e contemplação.
Os materiais escolhidos são essencialmente blocos de concreto e estruturas metálicas forradas a aço cortén que dialogam mediante linhas simples que emergem da terra, com uma atitude escultórica. Os materiais em conjunto servem de suporte a plantas trepadoras que acabam por converter os grandes muros de concreto em jardins verticais. Juntamente com a preocupação de potenciar a vegetação, procurou-se aproveitar a pendente do terreno para conduzir as águas e regar as plantas de uma maneira natural. A casa está integrada numa paisagem arborizada, da qual nascem estes volumes simples e puros.